O que teve no Só Track Boa Weekend

O primeiro weekend a gente nunca esquece <3 Foi no House Beach da Green Valley no Infinity Blue em 2013, foi lá que conheci o Chris Lake, um cara que sempre produziu música boa e de qualidade, não importasse o gênero. Não preciso nem falar que surtei ao ver o seu nome no lineup do Só Track Boa Festival de São Paulo em setembro, né? Para quem não sabe, ele foi o responsável pela coletânea de house da Owsla, do Skrillex, o EP intitulado HOWSLA.

Desde que o House Beach anunciou que não daria mais continuidade no projeto, a cena eletrônica ficou carente de um weekend para chamar de seu. Alguns até tentaram criar algo parecido no nordeste, mas não foi a mesma coisa.

A Só Track Boa e a Kaballah têm sido labels que antecipam tendências, tanto no sentido das atrações trazendo nomes como Claude Von Stroke, FisherClaptone, até no quesito estrutura e produção. A Kaballah foi o festival que colou uma label brasileira, a Só Track Boa, como main stage, onde os headliners foram os DJs brasileiros, um marco para a cena da música eletrônica no Brasil. E no último Só Track Boa Weekend, não foi diferente, a começar pelo palco, que foi importado do festival holandês Awakenings. E que belo palco!

#1 O Palco

Foi sem sombra de dúvidas a primeira coisa que surpreendeu o público. Acredito que ninguém imaginava que o weekend seria tão “menina dos olhos” da Só Track Boa. A julgar pelo palco, sabíamos que o pessoal cuidou de todos os detalhes para que a experiência fosse completa. O palco tinha uma estrutura muito interessante, além de notável, o DJ ficava próximo ao público, característica dos palcos da Kaballah e da Só Track Boa e o backstage para convidados não atrapalhava a visão e nem o artista, além de ter uma visão privilegiada do DJ e do público, pois ficava atrás do DJ e mais no alto, como um segundo andar mesmo.

#2 Pirotecnia

Um show de luzes, imagens no telão, fogos de artifícios e efeitos especiais não poderiam faltar e nem foram economizados. Muitos festivais escolhem um único momento chave para o disparo dos fogos, não foi o caso da Só Track Boa, a maioria das atrações tiveram seu momento especial, como o Dashdot ao tocar sua nova versão para a “That’s Why”, foi sem dúvidas especial.

#3 Lojinha

Uma das coisas que mais fazem sucesso nos festivais com toda certeza é a lojinha com os produtos de merchan da marca, afinal quem não quer levar uma lembrança dos momentos de alegria e experiências que vivemos nesses lugares? Festivais como o Coachella e até mesmo o Dirtybird Campout nos EUA chegam a esgotar os produtos em algumas horas. Ver de perto uma lojinha tão bem abastecida de produtos de ótima qualidade e ver o público “vestindo a camisa” da label, literalmente, é muito gratificante.

#4 O Hotel

O hotel que sediou o evento foi o mesmo hotel oficial do Rock in Rio, fica em frente ao Parque dos Atletas e é bem próximo da Cidade Olímpica, o Grand Mercure Riocentro. O café da manhã era incluso para quem se hospedou no hotel, mas o buffet livre do almoço tinha um preço salgado, o que fez muita gente optar pelo serviço de quarto, que saia mais ou menos metade do preço. Com muitas pessoas hospedadas, acordando tarde das festas e solicitando serviço de quarto basicamente no mesmo horário, em um dos dias a demanda foi tanta que chegava a atrasar 3 horas, além de terem que suspender os novos pedidos até o serviço se normalizar. Mas fora isso, tudo correu muito bem, haviam seguranças em todos os andares cuidando para que não houvesse zona ou barulho fora de hora, os cartões só davam acesso ao andar do seu quarto, o que evitava que as pessoas incomodassem outros hóspedes. Os quartos que ficavam do lado oposto da estrutura do festival não tinham a vista privilegiada, mas também não eram incomodados pelo barulho da festa, poderiam dormir a qualquer hora. Sorte daqueles que descansavam!

#5 A pré-party

O charme de um weekend não gira em torno de uma única festa, mas da experiência completa de imersão no universo da label. Dividir o mesmo espaço, a mesma “casa”, os mesmos destinos com outras pessoas que estão ali pelos mesmos motivos que você, no nosso caso a música eletrônica. Enquanto as pessoas iam chegando, fazendo o check in e se preparando para a maratona de 3 dias, o staff estava à todo favor preparando a estrutura da primeira festa, que aconteceu na própria estrutura de eventos do hotel e tudo estava perfeitamente organizado, a festa foi exatamente o que deveria ser, uma boas vindas agitada e íntima, com atrações de grande nível, como Chemical Surf e o Glen.

#6 O nascer do sol

Na sexta-feira, o tempo estava encoberto e ameaçando chuva, o que preocupava à todos, já que a maior parte do evento era aberta. Por mais que o tempo tenha colaborado durante a maior parte do evento, ele estava meio tímido e o sol só deu as caras no último dia, mas foi um espetáculo a parte. Que manhã mais linda, banhando aquele público de vampirinhos com boa energia e acordando os que já tinham ido dormir para voltar para a festa e continuar até alguém dizer chega.

#7 O after

E por último, mas não menos importante, aaah o after! Que energia meu povo, Vintage Culture foi o primeiro a chegar e um dos últimos a sair, o público em geral demorou para aparecer, muitos foram nos quartos trocar de roupa, outros (como eu!) foram tomar café da manhã primeiro, mas não demorou muito para que todos estivessem reunidos e que reunião bonita, para todo o lado eram só sorrisos e gente curtindo, o set do Vintage no after dava a ele a oportunidade perfeita de trazer músicas e sonoridades que ele não conseguiria explorar em 1 ou 2h de set no main stage e o povo, é claro, aprovou e ficou até o final, acredito que por volta das 16h de domingo, corrijam-me se eu estiver errada!

A primeira edição do Só Track Boa Weekend foi sem sombra de dúvidas um sucesso, os que não foram se arrependeram e quem foi já está pronto para a próxima.

Nos vemos na pista no ano que vem!