Girl ELETRO Power: Elas vão dominar a música eletrônica

Se o future é female, a música eletrônica está bem avançada neste quesito. Por mais que 90% dos lineups ainda sejam compostos na sua maior parte por homens, hoje é fácil citar nomes relevantes na cena como The Black Madonna, Alison Wonderland, Mija, Tokimonsta e Peggy Gou, entre tantas outras. Nem precisamos ir muito longe, de Groove Delight a Devochka, as mulheres saem dos bastidores para assumir o comando das pistas no Brasil e ao redor do mundo.

Para colocá-las no spotlight, preparamos uma playlist lá no Spotify, a Girl ELETRO Power, e separamos 5 das #eletroGIRLS para apresentar a vocês aqui no blog:

YAEJI

Descendente de coreanos, nascida em Nova Iorque, Kathy Yaeji Lee (24 anos), mudou-se para a Coreia do Sul com 3 anos, chegou a estudar no Japão e voltou para os Estados Unidos para cursar Arte Conceitual e Design Gráfico, foi durante a faculdade que começou a aprender a tocar, 2 anos antes de se familiarizar com o Ableton e começar a produzir suas próprias músicas. Seu estilo combina elementos de house music e do hip hop com vocais suaves e tranquilos cantados em inglês e coreano. Ela começou a ganhar atenção depois da sua primeira aparição no Boiler Room em maio de 2017 com sua versão para o single de Drake, “Passionfruit“, que foi lançado em um EP com mais 4 músicas, incluindo “Raingurl” que tem mais de 8 milhões de plays no Spotify . “Feel it Out”, do primeiro EP, é uma das minhas favoritas também. Em 2018, Yaeji fez sua estreia no Coachella e é a artista que escolhemos para a capa da nossa playlist.

ALISON WONDERLAND

Eu juro que quase infartei quando vi a idade Alexandra Sholler no Wikipedia, 31 anos com carinha de 15. A australiana já foi acusada por haters de não produzir suas próprias músicas, mas ao lançar seu segundo álbum, Alison fez um solo de violoncelo em sua apresentação no Coachella e falou em seus stories sobre as tantas vezes que pensou em como poderia responder as críticas. “Good Enough”, a primeira música do seu álbum “Awake” é praticamente um prelude de violoncelo, que abre muito bem os trabalhos do álbum e responde as críticas a altura. Is it good enough?

Entre as minhas músicas favoritas do álbum (super difícil escolher, btw) estão “Cry“, “Easy“, “No” e “Church“.

THE BLACK MADONNA

Você conhece ou já ouviu falar de The Black Madonna? Foi há três anos quando resolveu sair de Chicago em busca de um lugar onde pudesse ser ela mesma e tocar o que gosta, que Marea Stamper começou sua trajetória rumo as pistas do mundo inteiro, ela se tornou um ícone de inspiração e criatividade, pelo mesmo motivo que é uma ótima DJ: ela não tem medo de ser ela mesma. Depois de se mudar de Kentucky para Chicago no começo dos seus 20 anos, Stamper fez música sob vários pseudônimos enquanto trabalhava para Radek na gravadora Dust Traxx. Ela lutou para chamar atenção por sua música por algum tempo, até que Garrett David – um colega de trabalho de Stamper na Dust Traxx – pediu para lançar “We Don’t Need No Music (Thank You Rahaan)” em sua nova gravadora. A história completa é contada em uma excelente websérie do RA, onde Stamper admite que o sucesso daquela track, bem como seu subsequente EP pela Argot, Lady of Sorrows“mudou a minha vida inteira em um período de – sem brincadeira – três meses.”

The Black Madonna foi eleita em 2016 como #10 melhor DJ no ranking do Resident Advisor.

TOKiMONSTA

Treinada em piano clássico, Jennifer Lee também é americana descendente de coreanos, desta vez de Los Angeles, CA. Conhecida como TOKiMONSTA, foi a primeira mulher a assinar com a gravadora Brainfeeder de Flying Lotus e lançou seu primeiro álbum, “Midnight Menu“, em novembro de 2010. Lee foi diagnosticado com a doença de Moyamoya no final de 2015. Depois de passar por duas cirurgias, Lee afirmou que havia perdido rapidamente as habilidades de linguagem e compreensão. Lee declarou que foi graças a música e resiliência que recuperou sua vida e finalmente começou a trabalhar em seu último álbum “Lune Rouge”, apesar de não ser capaz de entender completamente a música, ela afirmou que este álbum foi o trabalho mais pessoal dela devido às circunstâncias mencionadas anteriormente e dificuldades que ela tinha sofrido antes de fazer o álbum.

PEGGY GOU

Peggy Gou é uma artista coreana (mais uma!) de Berlim. Através de um fluxo regular de streams com mixagens de alta qualidade, ela começou a virar a cabeça no circuito underground. Posicionando seu som em algum lugar entre Detroit, Londres e Berlim, podemos assegurar que seus DJ sets são uma combinação cinética de um house sombrio e pulsante e do techno de batidas quebradas e composições abstratas.

BÔNUS:

ELOHIM

Não conseguiria deixar de mencionar a minha mais nova descoberta, obrigada mais uma vez Coachella. Elohim é uma artista electropop americana, DJ, produtora, cantora e compositora. Começou a estudar piano com 5 anos de idade, recentemente lançou seu primeiro álbum de estúdio com 15 músicas, incluindo “Fuck your Money“. “Hallucinating“, “Half Love” e a parceria com Whethan que já tem mais de 20 milhões de plays no Spotify, “Sleepy Eyes“.