Chanceler do Reino Unido sugere que músicos devem procurar um novo emprego

Pois é, não é só Bolsonaro que faz declarações polêmicas! No Reino Unido, o chanceler Rishi Sunak sugeriu literalmente que os músicos devem procurar um novo emprego em meio à pandemia. “Não posso fingir que todos podem fazer exatamente o mesmo trabalho que faziam no início desta crise”, disse Sunak.

Um novo estudo conduzido pelo Musicians Union no Reino Unido revelou o quanto o Coronavirus tem exigido dos artistas britânicos, o estudo pode ser facilmente refletido em outros países ao redor do mundo. Em sua pesquisa, 34% dos músicos disseram que estavam pensando em abandonar suas carreiras musicais, enquanto 37% não tinham certeza. 47% foram forçados a trabalhar fora da indústria musical e 36% não têm trabalho algum. 70% dizem que não conseguiram realizar mais de um quarto de seu trabalho, o que é incrivelmente problemático quando combinado com a renda média da maioria dos músicos.

65% dos músicos estão enfrentando dificuldades financeiras no momento e 87% enfrentarão dificuldades financeiras se o apoio financeiro do governo terminar no final de outubro, o que está previsto. 87% dos músicos ganharão menos de £ 20.000 este ano – bem abaixo da renda média do Reino Unido de £ 29.600.

No final, 88% dos músicos acham que o governo não fez o suficiente para apoiar os músicos durante a pandemia e é surpreendente que o número não seja 100%. Deve haver alguns conservadores radicais nesta enquete.

O governo anunciou em julho um pacote de ajuda humanitária de £ 1,57 bilhão para os setores culturais e artísticos, embora a vida noturna e os festivais tenham sido deixados de fora da equação. Novas medidas de bloqueio fecharão as empresas às 22h, potencialmente por seis meses, embora quem possa prever qualquer coisa daqui a seis meses, o que significa que a vida noturna pode ter que sobreviver sem renda durante o inverno mais difícil em gerações.

Caso você reside ou é um cidadão britânico, você pode assinar a petição para ajudar a indústria do Reino Unido clicando aqui. Se no Reino Unido a situação é crítica, imaginem o que  está acontecendo no Brasil, por aqui será preciso muito mais barulho para que o governo olhe para a indústria do entretenimento.