5 álbuns lançados recentemente que você deveria ouvir

Eu gostaria muito de fazer um track a track, uma espécie de artigo onde apresentamos as características do álbum música por música. Mas em agosto/setembro tivemos tantos lançamentos que ficou difícil escolher apenas um para se discutir, por isso listei 5 dos álbuns que por algum motivo achei que devesse trazer no blog, seja Jauz surpreendendo com a diversidade de gêneros musicais que trouxe no mesmo álbum, ainda mais sendo Jauz. ZHU com o seu retorno e ótimas faixas como “Love That Hurts”, o álbum de estreia orgânico e profundo de San Holo e um pouco de rap/hip hop com Russ e a abre-aspas “boy band” fecha-aspas BROCKHAMPTON, se você nunca ouviu falar deles, sugiro que o faça nesse post.

Coloque o fone de ouvido e divirta-se!

#1 ZHU – Ringos Desert Pt. 2

Lançado no dia 7 de setembro, o álbum completo adiciona cronologicamente 7 tracks novas às 7 anteriores da parte 1 e inclui colaborações novas com TOKiMONSTA, Majid Jordan, Tame Impala e Karnaval Blues. “Love That Hurts” é sem sombra de dúvidas a minha favorita, por mais lenta que seja (106 BPM) e está com apenas 1 milhão de plays, “My Life” ft. Tame Impala se aproxima dos 15 milhões já.

 

#2 JAUZ – The Wise and The Wicked

No último dia de agosto (31), JAUZ lançou seu álbum de estreia com 23 faixas. Ele já tinha compartilhado vários singles do álbum, dando aos fãs uma ideia de como o álbum se move entre vários gêneros que interessaram Jauz ao longo dos anos. “Acid Or Techno” é uma das apostas do álbum. “Acid or Techno foi uma dessas ideias randômicas que surgem as 6 da manhã depois de uma noite muito, muito longa de moer no estúdio. Muitas vezes é quando você tem as melhores (e também na maioria das vezes as piores) ideias. Eu escrevi o conceito inteiro da música em 15 minutos, desliguei o computador e fui dormir”, Jauz explicou. Ouça por si:

 

#3 San Holo – Album1

Mais um álbum de estreia, lançado na última sexta-feira (21), o “album1″ é um trabalho profundamente pessoal e de auto-revelação. San Holo levou cerca de um ano para escrever e gravar. “Muito doce, muito focado em guitarras e muito artístico. Ele está falando sobre sentimentos, tentando fazer algum tipo de som orgânico, de volta ao básico”, descreveu bem a Billboard. “Eu queria que esse álbum introduzisse as pessoas a um novo tipo de som; aconchegante, orgânico e uma versão menos polida da EDM. ‘Show Me’ é um bom exemplo que represente esse novo som. Eu gravei muitas guitarras em fita cassete para dar aquela sensação de som quente, aquecido e lo-fi. Você pode claramente ouvir isso na intro de guitarra da música. A beleza de gravar instrumentos reais em fita é o fato de que você nunca poderá gravar a mesma coisa duas vezes”, comentou San Holo à publicação. Em “show me” também é possível ouvir a voz do próprio San Holo, já que ele decidiu ele mesmo cantar nessa música composta com um amigo.

 

#4 Russ – Zoo

Também lançado no dia 7 de setembro, Russ pode não ser DJ, mas o fato de ele mesmo produzir suas músicas, além de escrever, sempre me chamou muito atenção, afinal você pode encontrar beats muito bons, como em “Missing You Crazy” que está no repeat no meu Spotify desde que o álbum foi lançado, álbum que alcançou a #4 posição do chart da Billboard, ficando atrás apenas do eterno Beatle, Paul McCartney com “Egypt Station”, Eminem com “Kamikaze” e Lauren Daigle com “Look Up Child”. Russ é um desses artistas que ninguém acreditava no começo, lançou suas primeiras músicas e álbuns independentes por seu próprio selo “Russ My Way” e continua a lançar por ele, mas agora com o nome de uma Major-Label do lado, mas o mérito foi total dele e da internet, é claro, que permite artistas como ele mostrarem, divulgarem e até lançarem seus trabalhos. Quem tiver interesse, tem uma entrevista com ele em inglês no Geniusaqui. Em tempo, Russ se apresentou no Coachella e acaba de confirmar que fará 2 shows no Brasil no fim do ano, 30 de novembro no Rio e  01 de dezembro em São Paulo, informações aqui.

#5 BROCKHAMPTON – iridescence

Deixamos o melhor para o final, se você chegou até aqui, não vai se arrepender! Eles se intitulam de ‘boy band’, digamos que mais por formação que por estilo de som. Lançado na última sexta-feira, não demorou muito para o álbum alcançar a posição de mais vendido do iTunes. O membro fundador do coletivo de rap de LA, Kevin Abstract, é uma das figuras mais interessantes do grupo e parece um pouco revolucionário ver os outros membros do Brockhampton não apenas o aceitarem, mas também encorajá-lo a cantar sobre sua orientação sexual e os desafios. Os rappers abertamente homossexuais são poucos e distantes entre si, especialmente aqueles que são tão transparentes quanto Abstract. Se esse não é um dos melhores álbuns de 2018, eu não sei o que seria.

Conta aí, qual foi sua música/álbum favorito?